Coluna do sabadão

As atenções no País se voltam para as manifestações de rua amanhã, convocadas pelas redes sociais, em defesa do impeachment. É possível repetir o sucesso dos atos de junho de 2013? É bom cautela para os que acham que terá gente na rua com cara de povo.
O perfil dos que protestam amanhã remete à classe média, presente com mais força hoje na internet. Se houver uma presença maior acima disso será surpresa, embora o Governo, precavido, tenha destacado uma super força policial em todo o País para evitar problemas de violência no ato.
Até os ministros foram convocados pela presidente Dilma. Informações dos serviços de inteligência sobre as manifestações chegaram, aliás, a levar pânico ao Palácio do Planalto. Ministros começaram a ser informados ontem de que não poderão deixar Brasília a partir de ontem.
Todos os órgãos do governo estarão mobilizados para tentar esvaziar os protestos u para enfrentar eventuais “consequências”. Serviços de inteligência advertiram para possíveis confrontos. Os milicianos do MST fizeram manifestações em favor do impeachment, no Rio, cercando e agredindo opositores do governo.
Na Itália de Mussolini, jovens milicianos eram treinados para caçar e agredir opositores do fascismo. Era os “camisas pretas”. Os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça) adotam a estratégia de chamar indignação popular de “ódio”.
PROMESSAS– Na fala que fez, ontem, na abertura do seminário Todos por Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) reconheceu que enfrenta dificuldades pelo ano de vacas magras, mas garantiu que cumprirá as promessas de campanha. “Estamos aqui para reiterar o que pregamos em praça pública e o fato de ouvir a população mostra a nossa sintonia com as ruas”, afirmou.

Olho na defesa – Ressaltando ter sido pego de surpresa, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) disse que ainda não contratouadvogado para fazer a sua defesa como mais um incluído na lista dos políticos envolvidos na operação Lava Jato. “Vou cuidar isso semana que vez, até porque ainda estou impactado”, observou.
A volta de Jucá – Os petistas estão indóceis com a demora da escolha do líder do Governo no Senado. Reclamam que a presidente Dilma insiste em indicar alguém do PMDB. Mas os senadores do aliado dizem que não querem. No PT, a convicção é que o senador Romero Jucá, que a presidente trocou por Eduardo Braga, é nome forte, porque tem o respaldo da cúpula e a simpatia de Dilma.
Contra atrasos – O deputado Sílvio Costa (PSC) garante que não criticou nem é contra o FEM, o Fundo de Emergência para os Municípios, durante encontro com 40 prefeitos e bancada federal. “Na condição de vice-líder do Governo Dilma o que eu disse, na verdade, é que poderia ajudar os prefeitos a cobrar do Governo do Estado que mantenha o programa em dia, que está sofrendo atrasos”, afirmou.
CURTAS
PROTESTO– O PSB definiu que irá apoiar as manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff marcadas para amanhã, mas não deverá convocar a população para ir às ruas como fez o PSDB. "O partido é favorável a qualquer expressão. Faz parte da democracia. Só espero, como governador, que seja um protesto pacífico”, disse, ontem, em Araripina, o governador Paulo Câmara.
ESTRATÉGIA – Na sua relação com o PSB, o senador Fernando Bezerra pisa em ovos. Falando, ontem, na abertura do seminário “Todos por Pernambuco”, em Araripina, fez questão de tocar em 2018. “Câmara governará por dois anos mandatos tamanho o seu entusiasmo para fazer muito mais como Eduardo fez”, disse.
Perguntar não ofende: Teremos povão amanhã nas ruas ou uns gatos pingados?
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