sábado, 14 de março de 2015

CRISE

Coluna do sabadão

Dilma TensaClima de tensão no País
As atenções no País se voltam para as manifestações de rua amanhã, convocadas pelas redes sociais, em defesa do impeachment. É possível repetir o sucesso dos atos de junho de 2013? É bom cautela para os que acham que terá gente na rua com cara de povo.
O perfil dos que protestam amanhã remete à classe média, presente com mais força hoje na internet. Se houver uma presença maior acima disso será surpresa, embora o Governo, precavido, tenha destacado uma super força policial em todo o País para evitar problemas de violência no ato.
Até os ministros foram convocados pela presidente Dilma. Informações dos serviços de inteligência sobre as manifestações chegaram, aliás, a levar pânico ao Palácio do Planalto. Ministros começaram a ser informados ontem de que não poderão deixar Brasília a partir de ontem.
Todos os órgãos do governo estarão mobilizados para tentar esvaziar os protestos u para enfrentar eventuais “consequências”. Serviços de inteligência advertiram para possíveis confrontos. Os milicianos do MST fizeram manifestações em favor do impeachment, no Rio, cercando e agredindo opositores do governo.
Na Itália de Mussolini, jovens milicianos eram treinados para caçar e agredir opositores do fascismo. Era os “camisas pretas”. Os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça) adotam a estratégia de chamar indignação popular de “ódio”.
PROMESSAS– Na fala que fez, ontem, na abertura do seminário Todos por Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) reconheceu que enfrenta dificuldades pelo ano de vacas magras, mas garantiu que cumprirá as promessas de campanha. “Estamos aqui para reiterar o que pregamos em praça pública e o fato de ouvir a população mostra a nossa sintonia com as ruas”, afirmou.
Fernando Bezerra
Olho na defesa – Ressaltando ter sido pego de surpresa, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) disse que ainda não contratouadvogado para fazer a sua defesa como mais um incluído na lista dos políticos envolvidos na operação Lava Jato. “Vou cuidar isso semana que vez, até porque ainda estou impactado”, observou.
A volta de Jucá – Os petistas estão indóceis com a demora da escolha do líder do Governo no Senado. Reclamam que a presidente Dilma insiste em indicar alguém do PMDB. Mas os senadores do aliado dizem que não querem. No PT, a convicção é que o senador Romero Jucá, que a presidente trocou por Eduardo Braga, é nome forte, porque tem o respaldo da cúpula e a simpatia de Dilma.
LulaPediu ou não? –  Lula pediu ou não a cabeça de Mercadante? Em vez de afastamento, o ex-presidente teria defendido a dedicação exclusiva do ministro à coordenação das ações de Governo. A versão de que Lula sugeriu a substituição do ministro na chefia da Casa Civil foi desmentida pelos dois, mas tem muita gente acreditando que Lula fez a cabeça de Dilma.
Contra atrasos – O deputado Sílvio Costa (PSC) garante que não criticou nem é contra o FEM, o Fundo de Emergência para os Municípios, durante encontro com 40 prefeitos e bancada federal. “Na condição de vice-líder do Governo Dilma o que eu disse, na verdade, é que poderia ajudar os prefeitos a cobrar do Governo do Estado que mantenha o programa em dia, que está sofrendo atrasos”, afirmou.
CURTAS
PROTESTO– O PSB definiu que irá apoiar as manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff marcadas para amanhã, mas não deverá convocar a população para ir às ruas como fez o PSDB.  "O partido é favorável a qualquer expressão. Faz parte da democracia. Só espero, como governador, que seja um protesto pacífico”, disse, ontem, em Araripina, o governador Paulo Câmara.
ESTRATÉGIA – Na sua relação com o PSB, o senador Fernando Bezerra pisa em ovos. Falando, ontem, na abertura do seminário “Todos por Pernambuco”, em Araripina, fez questão de tocar em 2018. “Câmara governará por dois anos mandatos tamanho o seu entusiasmo para fazer muito mais como Eduardo fez”, disse.


Perguntar não ofende: Teremos povão amanhã nas ruas ou uns gatos pingados?

Nenhum comentário:

Postar um comentário